Os humanos e nós
Acontecimentos recentes têm-me feito refletir acerca de um assunto pouco explorado por artigos científicos: as semelhanças entre humanos e ratos. Sujos, transmissores de doenças e muitas vezes indesejáveis, os espécimes da raça humana podem, à primeira vista, serem completamente alheios a nós, pequeninos e delicados. No entanto, ao analisar nossa infância, verifiquei algumas características em comum entre nossas crianças e os nenéns dos homens. Ambos vêm ao mundo desprovidos de pelos e de intelecto; ao verem a provedora, a primeira coisa que fazem é lamberem-lhe as tetas. E, ao crescerem, seus rabos tornam-se mais volumosos e atraentes. Já adultos, muitos humanos e ratos transformam-se, lamentavelmente, em criaturas gulosas, mesquinhas e oportunistas, apodridas pelos próprios maus hábitos. Ademais, aparentemente inteligentes, são ambos, na verdade, muito suscetíveis a caírem em armadilhas. Por sorte, sou, particularmente, um rato erudito; quero dizer, letrado; e, como são...