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Carta a um rio enfermo

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Patos de Minas, 6 de julho de 2021.   Caro amigo Paranaíba,   Fiquei bastante triste quando soube, há alguns dias, que você estava infectado. Devido à pandemia, inicialmente, imaginei que você tivesse contraído a covid-19, já que ouvi relatos de que se notava certa falta de ar puro em alguns pontos de sua extensão. Contudo, logo percebi que você não havia sido infectado por um vírus, mas por dejetos humanos; dentre eles, ignorância, descompromisso e irresponsabilidade.   No mês passado, cheguei a fotografar suas bonitas formas com meu drone, enquanto um apaixonante pôr do sol se exibia no horizonte. Confesso que não prestei muita atenção, naquele dia, às suas cores. Nós, seres humanos, mudamos de cor dependendo de nosso estado de saúde e de nossas emoções. Podemos ficar pálidos, avermelhados ou amarelados, por exemplo. Sei que os rios também mudam de cor por uma série de fatores diferentes. Dentre eles, o motivo de sua enfermidade.   Com efeito, o que tenho lido no noticiário e escutad