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Mostrando postagens de setembro, 2023

Comentário sobre Fl 1,23-24

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“Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo — o que para mim seria de longe o melhor —, mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo.” (Fl 1,23-24) Já não mais compartilho da dúvida de Paulo, que tanto me acossou na juventude, quando me sentia útil à comunidade terrena e herdeiro do paraíso celeste. Os anos pecaminosos que se seguiram trouxeram-me trevas, mas também sabedoria: sei que sou inútil a tudo e a todos, e que não mereço qualquer recompensa. Ao mesmo tempo, não considero justo receber nenhum castigo. Fiz muitas vezes o mal, mas nenhum mal que fiz foi muito. Reconheço que é certo que eu seja advertido, ou mesmo que eu receba alguma repreensão. Mas não devo ser castigado. Se a mim recai algum grave acusamento, que me seja dado o direito de defesa. Não tenho, no momento, nenhum argumento que me escuse de algo ruim que fiz. Contudo, no além, terei a eternidade e a plena consciência, e com tempo e luz infinitos cons

Compilação de pensamentos sobre aquela noite

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(1) Citei a frase “Minha pátria são os amigos”, mas não me lembrava do autor dela. Agora me lembro: é Alfredo Bryce Echenique. (2) Cantei “Você me abre seus braços / E a gente faz um país”. Ele abriu os seus braços e a gente fez um país. (3) Minha pátria são os meus amigos e minha pátria me encanta. Mas também me encanta o estrangeiro. (4) Às vezes a gente faz o estrangeiro abrindo as bocas. (5) Às vezes, com braços e bocas abertos, a gente faz o mundo.