Mais que mil palavras
Há quem diga que uma foto
valha mais que mil palavras. Muita gente. Confesso que amo as palavras... Mas
admito: uma imagem pode valer mais que um milhar destas minhas amiguinhas.
Contudo, esta semana estive refletindo e veio-me à mente um pensamento
aparentemente bobo, mas que eu gostaria de explicá-lo a seguir.
Existe um caractere que
vale mais que mil palavras. Não farei suspense: é a letra “a”. “A” é um quê
interessantíssimo. No campo das interjeições, pode ser usada para exprimir
alívio, dor, espanto, segurança, êxtase, tédio, raiva, indignação, incerteza,
certeza, expectativa, quebra de expectativa... Entre tantas outras coisas.
Em uma oração, “a” pode
assumir papel de artigo. Em língua portuguesa, definido; em língua inglesa,
indefinido. Também pode ser preposição. E ainda é possível combinar os dois
sentidos, grafando uma crase em cima da letra: “Vou à livraria”. E “à” pode até
mesmo equivaler a “à moda de” ou “à maneira de”. Como é possível?
E ainda nem sequer
mencionei o episódio de ontem. Foi o que me motivou a escrever esta crônica. Eu
estava passando tempo utilizando certa rede social, quando percebi que o
intelectual Afonso Borges tem o costume de terminar publicações suas com “A”.
Inicialmente, pensei trata-se de equívoco de digitação; contudo, concluí depois
que seria uma referência à inicial de seu próprio nome.
O episódio foi esse. Ora,
aposto que o “a” escolhido pelo leitor para reagir ao parágrafo anterior foi o
de tédio ou de quebra de expectativa. Mesmo assim, não me decepciono. Acho “a”
fantástico! E, aliás, se eu fosse dar uma nota a esse caractere, seria, sem
dúvidas, A.
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