Não foi nada ocasional
Quando eu era pequeno, ensinaram-me na escola uma música de Pindorama. “Vera Cruz, Vera Cruz, [...] não foi nada ocasional” . Esses eram alguns dos versinhos daquela canção infantil e também política, que questionava poeticamente os interesses portugueses e a “descoberta” do Brasil. Mas, na “Pindorama de dentro de nós”, em Patos de Minas, o texto da música veio-me hoje à tona ao ler sobre uma suposta comemoração cruel relacionada ao hospital particular Vera Cruz. Em vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, um homem exibe um espumante, dá gritos de alegria e bebe-o do “bico” da garrafa, diretamente com a boca. Ao lado, há pessoas aglomeradas. A bebida é passada a um segundo homem, de máscara. Alguém diz a ele para que tirasse a máscara a fim de beber o líquido. Assim o sujeito o faz, com a mesma energia do primeiro. O vídeo termina. Lembrei-me, quando o vi pela primeira vez, da atriz Ilana Kaplan, nova febre do mundo digital com a interpretação da person...