VELHO

“Eu vejo o futuro repetir o passado” . O verso de Cazuza é a primeira coisa que me vem à mente quando me lembro de um recente partido político, fundado em 2011, de nome NOVO. Muitas coisas têm nomes que enganam: quem ouve falar de “mão-curta” pela primeira vez pode pensar que se trata de uma mão pequena, quando, na verdade, trata-se de um pequeno veado de corninhos, que nem mãos possui. Com o Novo, ocorre algo semelhante. Quem escuta pela primeira vez seu nome até imagina se tratar de um partido pragmático e que executa uma política jovem e inovadora. Ledo engano. Assim como o mão-curta não tem mão, o Novo não tem novidade. Quem procura inovação no Novo decepciona-se. O máximo que neste se possa achar é uma sobra de “empreendedorismo”, uma palavra grande demais para meu gosto. Não obstante, quem olha o Novo com um pouquinho de atenção, e de discernimento, enxerga o passado: vislumbra a grotesca “velha política”, particularmente executada por intermédio de elementos laranj...