Entrevista concedida à Revista intransitiva


Hoje (20/10), Dia do Poeta, a Revista intransitiva, periódico digital cultural-artístico de acesso livre da UFRJ, publicou, em suas redes sociais, entrevista em que respondo a três questões referentes à minha escrita.

Seguem, abaixo, as perguntas e as respostas da entrevista.



1. Teófilo, por que você escreve?

Tenho necessidade de me expressar, assim como todo ser humano. Para quem é introvertido, a escrita é um refúgio: posso participar desta entrevista sem mostrar meu rosto ou minha voz, por exemplo. Porém, o principal motivo pelo qual eu escrevo é que isto melhora minha capacidade de leitura e de compreensão. Ler e compreender são o que realmente importa em um mundo pouco evidente.

 

2. Como é o seu processo criativo na escrita?

Penso que meu processo de escrita seja mais transformativo do que criativo. Ao falar de uma flor, transformo-a em poesia, mas não a crio: ela já existe. Tampouco crio as ideias que tenho. A leitura e a vivência se transformam dentro de mim, não sei exatamente como, em ideias. Tendo em mãos algo com que eu possa escrever, combino algumas ideias com outras e surge um texto, seja ele em prosa, seja ele em verso. Pronto: o texto existe. Que seja transformado por outros, ou que transforme outros.

 

3. A pandemia afetou sua produção literária? Se sim, de que maneira?

Não costumo escrever sobre a minha vida. Entretanto, minhas crônicas são particularmente inspiradas em meu cotidiano. E, como meu cotidiano mudou com a pandemia, minhas crônicas também foram afetadas, independentemente de minha vontade. Às vezes é bastante ruim ser refém do rotineiro. Por sorte, tenho vários personagens inventados por mim em textos literários anteriores, e eles têm cotidianos muito mais interessantes do que o meu, em mundos em que não há covid-19. Peço-lhes emprestado as circunstâncias.


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