Mais um comentário sobre as eleições patenses


Luiz Felipe Pondé apontou, sobre as presidenciais de 2018, que o candidato que venceria as eleições seria aquele que as vencesse previamente nas redes sociais. Ocorreu exatamente isso. Creio que é uma tendência nacional, e talvez mundial: as redes sociais estão se transformando na principal ferramenta de campanha e, justamente por isso, o político que melhor as consegue manejar tem o êxito final.

 

Patos de Minas, apesar de ser uma cidade do interior, não me parece ser uma exceção à regra. Assim pensando, vejo que os resultados das eleições patenses já estão, em parte, definidos. Quem “visita” os perfis dos candidatos nas redes sociais descobre com facilidade aqueles que mais exercem influência digital.

 

Talvez, alguém argumente que, em nossas terras, muito é definido por atos presenciais, como visitas de candidatos em áreas rurais, palestras em escolas ou participações em eventos. Só que, no contexto de pandemia em que estamos, essas práticas já não têm mais lugar.

 

Há também o rádio, é verdade. Não me atento a esse segmento, mas sei que é de influência importante. Mas, nada que compare ao efeito das redes sociais, principalmente Facebook e Instagram, no caso patense. Penso que os candidatos deveriam usar o rádio como ferramenta inicial para conduzir os eleitores a seus perfis, por meio dos quais os políticos podem apresentar suas propostas e coisas fúteis com mais liberdade.

 

A televisão patense é outra coisa de que sou alheio. Creio que muita gente também é alheia a ela. Não sei se terá impacto significativo nas eleições. Em qualquer oportunidade, buscarei saber um pouco mais sobre a forma de como está sendo passada a informação e os acontecimentos locais. Ainda assim, tendo a crer que o impacto televisivo não será tão importante, mas posso estar equivocado.

 

Parece-me que uma série de entrevistas ocorreu ou ainda ocorre por intermédio de um veículo de notícias que se diz imparcial. Assisti, até agora, a nenhuma. Poucas pessoas assistirão a entrevistas. Se muito, verão a do candidato que previamente escolheram. Caso haja um debate entre candidatos, assistirei. Costumam ser engraçados. Por que a televisão patense não nos brinda com essa forma de entretenimento?

 

Por fim, digo que abrirei mão de meu voto este ano. Sim, não votarei (nem emitirei apoio público a alguém). Em primeiro lugar, porque, como não tenho dezoito anos ainda, o voto não me é obrigatório. Em segundo lugar – o motivo mais importante –, porque creio fortemente que não morarei em Patos de Minas a partir do ano que vem, e, por isso, deixarei com mais exclusividade aos habitantes daqui a difícil e legítima tarefa de elegerem seus representantes para os próximos anos.


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