“Hashtags” setembrinas


Acordei, no dia primeiro de setembro, por volta das sete horas da manhã. Como de praxe, fui conferir as notícias e as intrigas da sociedade, a valer-me de meus perfis virtuais. Ora, antes mesmo de eu tomar meu primeiro café do mês, notei que duas hashtags já fervilhavam: #setembroamarelo e #nofapseptember – sem contar a rotineira #LulaLivre, que ultimamente pulula em qualquer dia do ano. 

Pois, resolvi, naquele momento, me inteirar um pouco mais acerca das duas primeiras, sazonais. Assim sendo, descobri que a campanha do Setembro Amarelo ocorre desde 2015, sendo uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A segunda campanha, por sua vez, parece-me ser mais antiga. Não obstante, fracassei ao procurar por qualquer artigo formal que a explorasse; apenas achei uns poucos textos relativos ao tema em sites desconhecidos e uma miríade de vídeos os quais não ousei averiguar.

Bem, sei que especialistas defendem que falar sobre o suicídio pode diminuir o número de atentados que alguém possa cometer contra si – concordo com esse pensamento. Contudo, tenho ligeira impressão de que a mesma lógica não é válida para #nofapseptember.

Ora, vida é diferente de volúpia. Enquanto essa é, em muitas vezes, desinteressante – para não dizer dolorosa –, a última é uma crua delícia informal. A versão analógica do dicionário Aulete relaciona “volúpia” com “prazer” e “intemperança”. Importante constar: para a palavra “masturbação”, apenas é dada a ligação com “prazer”.

Concluo meu raciocínio: se me dissessem algumas vezes para não fazer algo deleitoso, como apalpar freneticamente plásticos-bolha, acredito que eu teria fortes ímpetos de divertir-me com isso. Por esse motivo, considero #nofapseptember uma “roubada”, ou melhor, uma “furada” – “roubada” aplica-se melhor a #LulaLivre.

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