De novo


Há algum tempo estive manifestando interesse em amar [de novo]. Todavia, minha própria rotina esteve sendo-me contrapeso. Mas, com o passar dos dias, os compromissos foram tornando-se mais leves – passaram-se datas importantes e grandes responsabilidades.

Não obstante, amar custa tempo; sentimentos consomem tempo. O dicionário Aulete define “amar” como “Sentir amor ou ternura por; ter grande afeição por”. Ora, o que é vago abre espaço para conjecturas. Gal e Marília já disseram: “Amar sozinho também é amor”.

Sem empecilhos, escrevo que um dos mais profundos poemas sobre amar é de autoria de Carlos Drummond de Andrade, de título “Amar”. “Que pode uma criatura, senão entre criaturas, amar?” – assim começa o texto. Aproveito, ainda, para dizer que sua melhor interpretação é da brilhante Marília Pêra.

Pois, hoje é dia de amar. Há espetáculo da cantora Lizandra esta noite. O nome? “Guia prático para amar [de novo]”. Bem, o último grande show que fui ocorreu em Brasília, da maravilhosa Gal Costa, citada no segundo parágrafo. Lá cantei, contagiado por fortes emoções, que “estou te cuidando de longe, te amando do meu canto”. Cantei só.

Senão, vejamos: a expectativa é de que hoje aconteça um ótimo espetáculo, e que eu possa afirmar, em verso de Vinícius e Tom, que “a distância não existe”, e, em verso de Lizandra, que “eu ainda acredito no amor”.

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